Wednesday, December 05, 2007

vida obra vida

Não importa o que eu faço, mas de que maneira isto é feito. Sabia que o homem que conheceu seu destino sagrado pode permanecer incógnito se quizer assim? Só saberá da sua realidade monstruosa quem experiencia o mesmo nível de consciência.
A ciência de viver o máximo dentro do cotidiano mínimo. A vida é a obra a ser realizada.
Mas existem tantos caminhos quanto espíritos, e assim, pode a arte e a ciência serem instrumentos para se descobrir e se cumprir a potência do que se é. E não ser só uma promessa como a semente é. Esquecer abstrações como política, sociedade, mercado, profissão, artista, cientista....
Invenções nossas, claro! Estúpido sim, mas hoje temos toda esta estrutura como realidade que paira acima de cada um, e que é ordenadora. Hello!!!
Falo como quero. Primeiro pra mim.

Sunday, December 02, 2007

A música que há

Tudo ruiu. Falida toda a estrutura imagética social. A visão máscula, as engrenagens perversas. O racional alcança o ápice e desmorona agora. Resta chorar sobre as cinzas da grande maquete.

Ou escutar os mínimos sons sinais que antecedem a aurora. Enquanto a multidão se agarra à mácula, oh!, eu e meus amigos conhecidos e desconhecidos ficamos com os ouvidos na vertical: um colado na terra e o outro aberto pro céu. Sons. Inauditos. Em nós. Dentro)(Fora.

O som anula estruturas compactas. Atravessa, estravaza. Derrete. Esquenta. Não sou eu quem diz: o som veio primeiro que a luz.

Som é luz. Luz é som. O som é cada um. A luz de cada um. E cada um é só o que resta. (Kathy Acker: as cidades acabaram; restam as noites.) Cantora, intérprete, cult ou não: careta. Cantor das multidões é passado. Indústria da canção acabou. Agora é a música.